Este foi o tema que a Pastoral da Juventude desenvolveu em um curso de formação no dia 03 de março de 2012, em Chalé. O encontro foi conduzido pelo seminarista Davisson Henrique Rodrigues Pinto, da paróquia de Mutum, e contou com a participação de 44 jovens. Sendo (14) da matriz de NS do Amparo; (09) da comunidade NS da Penha de Penha do Coco; (12) de Santa Rita de Cássia-Água Limpa; (05) de São João Batista - Cachoeirão; (03) de São José - Professor Sperbert; (01) de Santa Ana.
Um tema atual. Remete-nos à CF ecumênica de 2010 cujo tema "Economia e Vida" e o lema, "Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro", e à CF 2012 com tema "Fraternidade e saúde pública",
Lema: "Que a saúde se difunda sobre a terra!"(Cf. Eclo, 38,8).
Qual a ligação entre as duas e o tema da palestra? Primeiro que o consumismo exagerado, nos leva à perda de valores essenciais, e pode levar a vida financeira ao fracasso. Segundo, o consumo exagerado de alimentos considerados prejudiciais à saúde, nos causa diversos tipos de doenças. Entre elas: diabetes, colesterol em excesso, obesidade, pressão alta, doenças do coração e outros. Isto vem ocorrendo não só na geração de idosos. É também crescente na população de crianças, jovens e adultos. E o que diz a Igreja a respeito destas coisas? Veja o que diz no Compêndio da Doutrina Social da Igreja:
"326 [...] Uma boa administração dos dons recebidos, também dos dons materiais, é obra de justiça para consigo mesmo e para com os outros homens: aquilo que se recebe deve ser bem utilizado, conservado, acrescido, tal como ensina a parábola dos talentos (cf. Mt 25,14-31; Lc 19,12-27).
329 [...] As riquezas realizam a sua função de serviço ao homem quando destinadas a produzir benefícios para os outros e a sociedade: «Como poderíamos fazer o bem ao próximo - interroga-se Clemente de Alexandria - se todos não possuíssem nada?». [...] A riqueza, explica São Basílio, é como a água que flui mais pura da fonte na medida em que dela se haure com mais freqüência, mas que apodrece se a fonte permanece inutilizada. O rico, dirá mais tarde São Gregório Magno, não é mais que um administrador daquilo que possui; dar o necessário a quem necessita é obra a ser cumprida com humildade, porque os bens não pertencem a quem os distribui. Quem tem as riquezas somente para si não é inocente; dar a quem tem necessidade significa pagar um débito". (Compêndio da Doutrina Social da Igreja-Fonte: Vaticano. Diponível em http://www.cancaonova.com/portal/canais/formacao/internas.php?e=4293&id Acesso em 15/03/2012).
O que a igreja nos orienta com relação à saúde do corpo e da alma? No documento da DGAE diz o seguinte: " a) defender e promover a dignidade da vida humana em todas as etapas da existência, desde a fecundação até a morte natural; b) tratar o ser humano como fim e não como meio, respeitando-o em tudo que lhe é próprio: corpo, espírito e liberdade; c) tratar todo ser humano sem preconceito nem discriminação, acolhendo, perdoando, recuperando a vida e a liberdade de cada pessoa, tendo presente as condições materiais e o contexto histórico, social, cultural em que cada pessoa vive” (DGAE n. 150).
Elementos da Doutrina Social da Igreja pertinentes à Saúde Pública: se, é dever do Estado promover a saúde por meio de ações preventivas e oferecer um sistema de tratamento eficaz e digno a toda população, especialmente aos mais desprovidos de recursos; é, também, responsabilidade de cada família e cidadão assumir um estilo de viver que contribua para se evitas as doenças, por meio de hábitos saudáveis e a procura de exames preventivos.[grifo nosso]
Contribuições recentes da Igreja no Brasil para a Saúde Pública: Na CF de 1981, “Saúde para Todos”, o Papa João Paulo II escreveu, em sua mensagem para a Campanha, que a “boa saúde não é apenas ausência de doenças: é vida plenamente vivida, em todas as suas dimensões, pessoais e sociais. Como o contrário, a falta de saúde, não é só a presença da dor ou do mal físico. Há tantos nossos irmãos enfermos, por causas inevitáveis ou evitáveis, a sofrer, paralisados, ‘à beira do caminho’, à espera da misericórdia do próximo, sem a qual jamais poderão superar o estado de ‘semimortos’”.
Portanto o cristão cuida do consumismo, tanto dos bens materiais e de sua alimentação, de maneira planejada e com cuidado. Com o cuidado de Deus.
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