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sábado, 4 de fevereiro de 2012

Campanha da Fraternidade 2012

Todos os anos durante o período quaresmal, tempo de conversão, a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) realiza a Campanha da Fraternidade, que tem por objetivo despertar a solidariedade de seus fiéis e de toda a sociedade em relação a um problema concreto que envolve toda a nação, buscando uma solução para o mesmo. Para o ano de 2012, a CNBB sugeriu o tema "Fraternidade e Saúde Pública" e o lema "Que a saúde se difunda sobre a terra".
Fonte: http://www.portalkairos.net/campanhadafraternidade/

Oração da CF 2012

Senhor Deus de amor, Pai de bondade,
nós vos louvamos e agradecemos pelo dom da vida,
elo amor com que cuidais de toda a criação.
Vosso Filho Jesus Cristo,
em sua misericórdia, assumiu a cruz dos enfermos
e de todos os sofredores,
sobre eles derramou a esperança de vida em plenitude.
Enviai-nos, Senhor, o Vosso Espírito.
Guiai a vossa Igreja, para que ela, pela conversão
se faça sempre mais, solidária às dores e enfermidades do povo,
e que a saúde se difunda sobre a terra.
Amém.
Cartaz da CF 2012


Aprofundamento do tema: (retirado do site)
 A Campanha deve ser vivenciada não apenas em um momento litúrgico específico, mas em todos. É viver e tentar colocar o que aprendemos em prática. Cada um de nós deve pensar em como nos encaixamos nessa Campanha da Fraternidade.
Tendo em vista a Jornada Mundial da Juventude que irá acontecer no Rio de Janeiro em meados de 2013,  os jovens são motivados a participarem ativamente tanto da Campanha da Fraternidade como da Pastoral da Saúde.
- Os jovens precisam se engajar mais. A igreja precisa aproveitar o dinamismo deles porque a Igreja é viva.
A Igreja, no exercício de sua missão, presta serviços relevantes à Saúde, um exemplo é a própria Pastoral da Saúde. Os aspectos da Campanha da Fraternidade de 2012 precisam ser bem entendidos. Convém entender também a importância das paróquias terem uma Pastoral da Saúde articulada, pois, mu itos ainda pensam que a Pastoral é apenas direcionada aos enfermos,mas, existem outras duas dimensões: a comunitária e a político-instituicional.

O principal objetivo da CF 2012 é refletir sobre a realidade da saúde no Brasil tendo em vista uma vida saudável, suscitando o espírito fraterno e comunitário das pessoas na atenção aos enfermos, além de mobilizar por melhorias no sistema público de saúde.

Apresentação - CF 2012
A quaresma é o caminho que nos leva ao encontro do Crucificado-ressuscitado. Caminho, porque processo existencial, mudança de vida, transformação da pessoa que recebeu a graça de ser discípulo-missionário. A oração, o jejum e a esmola indicam o processo de abertura necessária para sermos tocados pela grandeza da vida nova que nasce da cruz e da ressurreição.
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) promove a Campanha da Fraternidade, desde o ano de 1964, como itinerário evangelizador para viver intensamente o tempo da quaresma.
A Igreja deseja sensibilizar a todos sobre a dura realidade de irmãos e irmãs que não têm acesso à assistência de Saúde Pública condizente com suas necessidades e dignidade. A conversão pede que as estruturas de morte sejam transformadas.
. Toda a ação eclesial brota de Jesus Cristo e se volta para Ele e para o Reino do Pai.
Esta perspectiva norteia as novas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora. Ela é condição para que, na Igreja, aconteça uma conversão pastoral que a coloque em estado permanente de missão, com o advento de inúmeros discípulos missionários, enraizados em critérios sólidos para ver, julgar e agir no enfrentamento dos problemas concretos e urgentes da vida de nosso povo.
A CF 2012 visa a saúde integral. Há muito tempo, ela vem sendo considerada a principal preocupação e pauta reivindicatória da população brasileira, no campo das políticas públicas.
O SUS (Sistema Único de Saúde), inspirado em belos princípios como o da universalidade, cuja proposta é atender a todos, indiscriminadamente, deveria ser modelo para o mundo. No entanto, ele ainda não conseguiu ser implantado em sua totalidade e ainda não atende a contento, sobretudo os mais necessitados destes serviços.
OBJETIVO GERAL

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
a.Disseminar o conceito de bem viver e sensibilizar para a prá­tica de hábitos de vida saudável;
b. sensibilizar as pessoas para o serviço aos enfermos, o supri­mento de suas necessidades e a integraçãona comunidade.
c.alertar para a importância da organização da pastoral da Saúde nas comunidades: criar onde não existe, fortalecer onde está incipiente e dinamizá-la onde ela já existe;
d. difundir dados sobre a realidade da saúde no Brasil e seus desafios, como sua estreita relação com os aspectos socio­culturais de nossa sociedade;
e. despertar nas comunidades a discussão sobre a realidade da saúde pública, visando à defesa do SUS e a reivindicação do seu justo financiamento;
f. qualificar a comunidade para acompanhar as ações da gestão pública e exigir a aplicação dos recursos públicos com transparência, especialmente na saúde.

Interpretando o cartaz
  • Atualiza o encontro do Bom Samaritano com o doente que necessita de cuidado Lc 10,29-37;
  • A mão do profissional da saúde segurando as mãos do doente afasta cultura da morte e viabiliza a acolhida entre irmãos (o próximo).
  • A Igreja como mãe, na sua samaritanidade, aproxima e cuida dos doentes, de todos que se encontram à margem do caminho.
  • O profissional de pé, o enfermo sentado, olhos nos olhos, lembra a acolhida e o compromisso do profissional de saúde, gera relação de confiança.
  • A cruz que sustenta e ilumina o sentido do cartaz recorda a salvação que Jesus Cristo nos conquistou.
  • A alegria do encontro recorda aos profissionais da saúde que foram escolhidos para atualizar em a atitude do Bom Samaritano em relação aos enfermos.
 Saúde e Doença: dois lados da mesma realidade
A vida, a saúde e a doença são realidades profundas, envoltas em mistérios. Diante delas, as ciências não se encontram em condições de oferecer uma palavra definitiva, mesmo com todo o aparato tecnológico hoje disponível. Assim, as enfermidades, o sofrimento e a morte apresentam-se como realidades duras de serem enfrentadas e contrariam os anseios de vida e bem-estar do ser humano.

Saúde e salvação

Nas línguas antigas é comum a utilização de um mesmo termo para expressar os significados de saúde e de salvação. Na lingua grega, soter é aquele que cura e ao mesmo tempo é salvador. Em latim, ocorre o mesmo com salus, o que permaneceu até épocas mais recentes. Verifica-se o mesmo em outras línguas.
Certamente, a convergência destes significados para um único termo é reflexo da dura experiência existencial diante destes fenômenos e a percepção de que o doente necessita ser curado ou salvo daquela moléstia por iniciativa da ação de outrem.
Estreita ligação entre saúde e salvação (cura) e a convergência desses siginificados em um mesmo termo, aponta para uma concepção mais abrangente do que seja a doença. Diante disso, as tendências de excluir a dimensão espiritual na consideração do que seja saúde e doença, resultam em compreensões superficiais destas realidades.

Saúde e salvação para a Igreja

O GPS diz que a saúde é afirmação da vida em suas multiplas incidências e um direito fundamental que os Estados devem garantir. E, define saúde como, “saúde é um processo harmonioso de bem-estar físico, psíquico, social e espiritual, e não apenas a ausência de doença, processo que capacita o ser humano a cumprir a missão que Deus lhe destinou, de acordo com a etapa e a condição de vida em que se encontre.

Saúde e salvação para a Igreja

A vida saudável requer harmonia entre corpo e espírito, entre pessoa e ambiente, entre personalidade e responsabilidade. Nesse sentido, este Guia Pastoral, entendendo que a saúde é uma condição essencial para o desenvolvimento pessoal e comunitário, apresenta algumas exigências para a melhoria da saúde:
A) articular o tema saúde com a alimentação, a educação, o trabalho, a remuneração, a promoção da mulher, da criança, da ecologia, do meio ambiente etc;
B) A preocupação com as ações de promoção da saúde e defesa da vida, que respondem a necessidades imediatas das pessoas, das coletividades e das relações interpessoais. Que estas ações contribuam para a construção de políticas públicas e de projetos de desenvolvimento nacional, local e paroquial, calcada em valores como: a igualdade, a solidariedade, a justiça, a democracia, a qualidade de vida e a participação cidadã.

Elementos da Doutrina Social da Igreja pertinentes à Saúde Pública

  •  A solidariedade precisa se efetivar em ações concretas, convergindo para a caridade operativa. “Jesus de Nazaré faz resplandecer, aos olhos de todos os homens, o nexo entre solidariedade e caridade, iluminando todo o seu significado”
  • A subsidiariedade é um princípio que aponta para um modo de relação e cooperação construtivo entre as instituições maiores e de maior abrangência e as menores de uma sociedade.
  • O princípio da participação exprime-se numa série de “atividades mediante as quais o cidadão, como cidadão ou associado com outros, contribui para a vida cultural, econômica, política e social da sociedade civil a que pertence. A participação é um dever a ser conscientemente exercitado por todos de modo responsável e em vista do bem comum”
  • Pelos princípios de subsidiariedade e de participação, também podemos inferir que os cidadãos e as entidades e organizações civis e religiosas, precisam colaborar com o Estado na implementação das políticas de saúde, por meio dos espaços de controle social.
  • Se, é dever do Estado promover a saúde por meio de ações preventivas e oferecer um sistema de tratamento eficaz e digno a toda população, especialmente aos mais desprovidos de recursos; é, também, responsabilidade de cada família e cidadão assumir um estilo de viver que contribua para se evitas as doenças, por meio de hábitos saudáveis e a procura de exames preventivos.

 Contribuições recentes da Igreja no Brasil para a Saúde Pública

A reflexão sobre estes princípios orientadores são importantes para que a ação evangelizadora, da Igreja e dos cristãos, possa se revestir de contundência e profetismo na área da saúde. Além da caridade na atenção aos enfermos, é necessário empenho por mudanças nas estruturas que geram enfermidades e mortes. Tais estruturas tornam-se visíveis nas situações de exclusão, na falta de condições adequadas e dignas de vida e no descaso, em certas circunstâncias, no atendimento oferecido aos usuários do sistema de saúde.


A dignidade de viver e morrer

• É um desafio difícil aprender a amar o paciente terminal sem exigir retorno, com a gratuidade com que se ama um bebê, num contexto social em que tudo é medido pelo mérito! O sofrimento humano somente é intolerável se ninguém cuida. Como fomos cuidados para nascer, precisamos também ser cuidados para morrer. Cuidar fundamentalmente é sermos solidários com os que hoje passam pelo ‘vale das sombras da morte’. Amanhã seremos nós. Refletir sobre a realidade da saúde no Brasil em vista de uma vida saudável, suscitando o espírito fraterno e comunitário das pessoas na atenção aos enfermos e mobilizar por melhoria no sistema público de saúde. (quer saber mais entre no site do CNBB e baixe os arquivos da CF 2012).

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